Veja o que se sabe sobre "novo" vírus com alta de casos na China e seu alcance no Brasil
A China registrou no final do ano um aumento significativo das infecções por um vírus respiratório, identificado como o metapneumovírus (HMPV), elevando o alerta sobre o potencial de uma nova pandemia. De acordo com a agência de notícias Reuters, ainda não se sabe a origem correta do vírus, mas o aumento de casos nas províncias do norte do país neste inverno, principalmente entre crianças, já fez com que as autoridades adotassem protocolos para evitar novos contágios.
O surto ocorre cinco anos depois que o mundo foi alertado pela primeira vez sobre o surgimento do coronavírus em Wuhan, na China, que mais tarde se transformou em uma pandemia global.
Até o momento, o que se sabe é que vírus não é novo. O HMPV foi descoberto em 2001 na Holanda e, deste então, registrado em países de vários continentes, como Índia, Inglaterra, Austrália e Chile. No Brasil, foi identificado em um paciente pela primeira vez em 2004. Outros da mesma família causam doenças já amplamente conhecidas, como é o caso do vírus sincicial respiratório, ou VSR, a causa mais comum de internação de crianças com bronquite e bronquiolite.
Especialista são unânimes ao pontuar que as chances do metapneumovírus se comportar e se transformar de maneira semelhante ao Sars-CoV-2, da Covid-19, como aconteceu com a pandemia, são muito pequenas.
De acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC), ainda não há vacinas ou tratamentos antivirais específicos para o HMPV. O tratamento é de suporte, focando no alívio dos sintomas e na estabilização do paciente. Ainda não há registros de óbitos no país chinês desde que novo surto foi sinalizado.