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Homenagens e emoções marcam 55 anos de Hinho Ferraz - Leia crônica de Edelvânio Pinheiro - Fotos

por Edelvânio Pinheiro | em 03/04/2023

Homenagens e emoções marcam 55 anos de Hinho Ferraz  - Leia crônica de Edelvânio Pinheiro  - Fotos

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Você sabia que o dono da bola está aqui?

Ele vive no meio-campo, onde os craques habitualmente constroem jogadas incríveis, ensinando meninos e meninas a magia do futebol.

Quantos zagueiros experientes, meios-campistas habilidosos, atacantes velozes e inteligentes e goleiros com absoluta destreza, capazes de antever jogadas surgiram porque passaram pela didática do dono da bola. E foi assim que seus alunos cresceram e aprenderam a marcar gols fantásticos na incansável luta diária, a driblar dificuldades, lidar com derrotas e, claro, comemorar vitórias, erguendo troféus nos estádios e nos ginásios da vida.

Eu posso dizer com segurança, que a virtude de ser sempre uma pessoa amiga, o dono da bola aprendeu com Dona Pipoca e Paizim. Por falar nesse casal, foi Paizim e Dona Pipoca que construíram, à quatro mãos, a fazenda Santa Rosa. Foram eles que desbravaram os morros, sem nunca reclamar dos obstáculos da terra para, incansavelmente, trabalhar no plantio do café para manter os filhos na cidade estudando.

Maria Batista – a mão que tem a capacidade de transformar filhas de vendedor de pipoca em doutoras -, Orlando, Maria D’Ajuda, Meire Carla, Claudia, Luciano, todos cresceram vendo os pais ensinando que era preciso plantar para colher, despertando em cada um deles a necessidade de sonhar e a capacidade de construir. E junto deles, o irmão Osvaldo Ferraz Macedo, o professor Hinho, o dono da bola, se inspirou nessa filosofia para semear na alma das crianças a sabedoria de que, para fazer um gol é necessário transpor o goleiro, como seus pais transpuseram os morros da Fazenda Santa Rosa.

Costumo dizer que Hinho tem duas casas: uma onde mora com a família e outra onde mora a sua escolinha de futebol. Pode ser o Estádio Teixeirão ou o Teixeirinha, um campinho de terra batido, como aquele que deu início a tudo na Pracinha da Igreja ou, sua segunda casa pode ser o Ginásio de Esportes, desde que a maldade humana não lhe tome as chaves, depois de haver transformado um ginásio sem vida em um cartão postal da cidade.

Hinho é um eterno preparador de campeões e isso é uma tarefa muito difícil, porque exige sensibilidade, empatia e, acima de tudo, vontade de fazer. Ele é a ponte entre aqueles que não se imaginavam vendedores e a capacidade de vencer.

E assim, o companheiro da vida de Jaqueline, o pai do Psicólogo Rodrigo e do futuro Educador Físico Marcelo, é um homem que tem estendido na sua existência o estandarte da família e da amizade cativante e sincera. Por esta nobreza e pelo amor incondicional que ele tem àqueles à sua volta é que, neste seu aniversário, os que verdadeiramente te admiram e consideram lhe entregam as chaves de todos os campos e quadras de Itanhém, como forma de reconhecimento por tudo que você tem feito pelo esporte da terra de Água Preta.

Mas, a crônica não acabou!

Ora! E Flaures Cássio Souto Brandão, o seu amigo do coração que todos chamavam de Guinha?

Hoje, no seu aniversário, professor Hinho, Guinha diria “que emocionante é uma partida de futebol” e desejaria a você o tapete verde das realezas, porque, sem dúvidas, você é o rei que veste o pé descalço dos meninos com a chuteira dos sonhos.

Crônica do jornalista Edelvânio Pinheiro

 

 

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