O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou um aumento de 1,31% em fevereiro de 2025, conforme divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Este é o maior índice para o mês desde 2003, quando o IPCA atingiu 1,57%. 

No acumulado dos últimos 12 meses, a inflação alcançou 5,06%, superando os 5% pela primeira vez desde setembro de 2023, quando registrou 5,19%. Em comparação, no mesmo período do ano anterior, a inflação acumulada foi de 4,51%. 

O grupo Habitação foi o principal responsável por essa alta, com um aumento de 4,34%, impactando o índice em 0,63 ponto percentual. Dentro desse grupo, a energia elétrica residencial teve um papel significativo. Em janeiro, houve uma redução nas tarifas de energia devido à devolução de créditos tributários, mas, com o fim desse efeito em fevereiro, as contas de luz registraram um aumento expressivo, contribuindo para a elevação do IPCA. Além da energia elétrica, outros fatores também influenciaram a inflação de fevereiro. O grupo Educação apresentou uma alta de 4,78%, refletindo os reajustes típicos de início de ano nas mensalidades escolares. Alimentos e bebidas subiram 0,49%, com destaque para o aumento de preços em itens como frutas e carnes. As previsões do mercado já indicavam uma aceleração da inflação em fevereiro. Sem o impacto do bônus de Itaipu, que reduziu as tarifas de energia em janeiro, a expectativa era de que o IPCA registrasse uma alta próxima de 1,3% em fevereiro, devido aos reajustes sazonais e ao fim dos efeitos temporários que contiveram a inflação no mês anterior. 

Diante desse cenário, o mercado financeiro revisou suas expectativas para a inflação nos próximos anos. As projeções para o IPCA de 2025 e 2026 foram elevadas, indicando uma preocupação crescente com a trajetória inflacionária e seus impactos na economia nacional. 

A alta da inflação em fevereiro, puxada principalmente pelo aumento nas contas de luz, acende um alerta para consumidores e autoridades, ressaltando a importância de medidas eficazes no controle dos preços e na manutenção do poder de compra da população.

Informações Uol Economia